Campo Grande grande de novo!
O Campo Grande Atlético Clube é um tradicional clube da Zona Oeste do Rio de Janeiro, infelizmente hoje em dia possivelmente é o menos lembrado dos clubes tradicionais da capital Fluminense passando despercebido em grande parte até mesmo para a enorme população do bairro que já passa de 330 mil habitantes.
O Galo da Zona Oeste ou simplesmente Campusca (como é carinhosamente chamado), já teve muitos dias de glórias no passado, era um frequentador assíduo da primeira divisão do estadual, chegou a ser campeão da Taça de Prata de 1982 (campeonato brasileiro da série B que possuía 48 equipes) tendo ainda o artilheiro da competição (Luisinho). Em 1985 o Campuca foi campeão invicto do carioca da série B.
O Campo Grande se orgulha de ter revelado para o Brasil Dadá Maravilha como jogador e Vanderlei Luxemburgo como técnico. Vagner Love antes de se profissionalizar pelo Palmeiras jogou nas categorias de base Campusca no ano 2000, outro jogador famoso que desfilou seu futebol nas categorias de base do Campusca foi o grande Valdir Bigode, destaque do vasco na década de 90. Alguns craques jogaram pelo Galo da Zona Oeste em final de carreira como Roberto Dinamite, Elói e Claudio Adão.
Outro orgulho do Campusca é ter um estádio próprio que no final da década de 70 foi reformado chegando a ter capacidade para mais de 22 mil pessoas, porém o recorde de público do estádio foi de 16.842 torcedores em um partida contra o CSA em 1982. O estádio era uma ótima opção, um verdadeiro caldeirão, que foi utilizado por outros clubes chegando até mesmo a abrigar um Fla x Flu em 1992, vencido pelo Fluminense por 1x0 (gol de Ézio). A curiosidade desse jogo é que o público foi pequeno (pouco mais de 3 mil torcedores) e tiveram 5 bolas na trave!!! 4 do Fluminense e 1 do Flamengo.
A última aparição na elite do Futebol estadual foi em 1995, e desde então o Campo Grande passou um longo tempo amargando as divisões inferiores, chegando a ser excluído por dívidas com a FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) e posteriormente chegando a pedir licença). Porém, recentemente uma nova gestão foi implantada e começou o projeto de fazer o Campo Grande grande de novo!
O clube tem passado por um processo de reestruturação, o estádio tem sido reformado com uma ajuda crucial da torcida que se mobilizou. O trabalho nas redes sociais tem sido intenso e o números de seguidores cresce a cada dia, os materiais esportivos estão muito bons (a camisa está linda!) e no ano 2019 o Campo Grande foi vice-campeão da série C (chamada de quartona pelo povo) do campeonato estadual do Rio de Janeiro, ascendendo assim para a série B2 e conquistando o direito de jogar a Copa Rio de 2020. Campo Grande será grande de novo? Só o tempo poderá dizer, mas para quem gosta das equipes tradicionais vale muito a torcida.
Resenhado pelo Confrade Vinícius Bonifácio
Deixo aqui meus agradecimentos aos amigos Daniel Carlos e Igor Lima que ajudaram o autor desse texto.
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Fala povo do submundo do futebol! A minha primeira postagem aqui é para falar de uma curiosidade a respeito de um simpático clube que já foi muito importante na divisão principal do Campeonato Carioca (que não deveria se chamar assim, explico em outra postagem). Estou falando do São Cristóvão de Futebol e Regatas, que foi campeão estadual em 1926 com uma campanha que incluiu goleadas sobre o Flamengo (5x0 e 5x1), Fluminense (4x2) e Botafogo (6x3) e se orgulha muito de ter revelado Ronaldo Nazário (em seu estádio está escrito a frase, aqui nasceu o Fenômeno).
Enfim, a curiosidade que trago é que o São Cristóvão é o único clube de futebol do mundo a ter apenas um uniforme oficial (previsto no estatuto do clube), mas qual o problema nisso? Por esse motivo, qualquer clube que jogue com o São Cristóvão, precisa usar o uniforme 2 se tiver o primeiro uniforme parecido com o do clube cadete, que costuma ser todo branco apenas com o escudo do clube ou com detalhes em preto. Na copa João Havelange de 2000 (sua única competição nacional em toda história) o clube expediu um ofício e enfrentou todos os adversários vestindo seu uniforme branco. Apesar disso, na impossibilidade de jogar com o uniforme branco, o São Cristóvão pode ir a campo com o uniforme rosa.
Resenhado pelo Confrade Vinícius Bonifácio
Agradecimento especial ao amigo e jornalista Stéfano Salles que gentilmente indicou um de seus textos como fonte de pesquisa.
Texto fonte da pesquisa: https://trivela.com.br/morre-raymundo-quadros-o-pesquisador-que-se-dedicou-a-memoria-dos-pequenos-do-futebol-carioca/
Stéfano Salles coordena o Museu da Memória Americana