Belo Horizonte, 30 de setembro de 2021.
Só existe um!
D. Alex Piazza, O Rei de Copas
Sabe leitor, as experiências de vida de criança? A criação, a base... Tudo isso é muito forte e diz muito sobre o adulto que cada um vai se tornando ao longo da vida. Sabe quando uma criança é designada pra fazer uma atividade e tem de repeti-la pouco tempo depois? Quase ninguém gosta disso né? Nem sempre o aprendizado é fácil, mas a repetição o torna mais automático. O segredo é o treinamento.
Os responsáveis, pelo menos os que eu conheço, tem o mesmo discurso com relação a minimizar o trabalho da criança, contestadora que é, e convencê-la a fazer a determinada atividade: “que bom que você já fez, isso deixa sua missão de fazer de novo um tanto mais fácil” dizem. E assim aprendemos a viver, e a treinar, para melhorarmos o desempenho na vida e, porque não, no esporte.
No futebol, um time campeão tem mais tendências a se manter no topo. Teoricamente por que já sabe o “caminho do sucesso”. É assim com todos os clubes que atualmente são considerados grandes: Bayern, Barcelona, Real Madrid, Flamengo, São Paulo, Grêmio, Internacional e Cruzeiro, por exemplo. Os Bicampeonatos vêm naturalmente e assim caminham rumo aos tris... aos tetras... e sempre continuam suas sagas em buscas de mais e mais glórias.
Parece-me que o Atlético Mineiro é aquela criança birrenta que teima em não repetir a demandada tarefa. Aquela criança superprotegida por pais e avós que tudo tende a ser do jeito dela e se não for assim se esperneiam em choro.
O que faz o estado de Minas Gerais ser competitivo no cenário nacional são as gloriosas e grandiosas taças conquistadas pelo Cruzeiro Esporte Clube e nada mais. Se o Cruzeiro acabasse hoje, Minas se tornaria uma Bahia, Santa Catarina ou Pernambuco no cenário futebolístico nacional. Os dois títulos de Libertadores, seis de Copas do Brasil e quatro Campeonatos Brasileiros do Cabuloso impulsionaram, vertiginosamente, o Estado como um dos principais centros de futebol do país, junto ao Rio de janeiro, com 4 clubes, São Paulo, também com 4, e Rio Grande do Sul, com dois.
A disparidade, com relação à rivalidade regional, é abissal. Nada no Brasil se compara ao Clássico Cruzeiro e Atlético e, pô-lo no mesmo grau de importância de Santos x Portuguesa Santista não seria exagero nenhum. Na hora da decisão, dos mata-matas, na hora da “porca torcer o rabo”, a camisa grande pula pra fora do corpo dos jogadores, a tradição engole a pequenez e o gigante sai de campo vitorioso, mais uma vez.
Não exalto aqui os “Verons”, os “Dudus” ou os “Felipe Melos” que ontem derrubaram o minúsculo rival em uma semifinal de Libertadores, competição esta que eles jamais deveriam frequentar e não frequentariam nunca se não fosse o poder do dinheiro dos homens e as obscuridades do produto futebol. Fizeram o seu dever de casa em enxotar o time que se acha grande, arrogantemente grande, sem nunca ter repetido uma lição de casa para dizer que de fato aprendeu o exercício.
A eterna criança do estado vai continuar esperneando culpando o juiz, a CBF, a CONMEMBOL, as intempéries, a tiazinha do café, que o coou na calcinha velha, mas se esquece que a repetição e a boa educação é que levam à perfeição.
E não se discute isso em lugar nenhum desse planeta futebol: Em Minas Gerais só existe um grande clube: Cruzeiro Esporte Clube, o CABULOSO, o único multicampeão do estado.
Belo Horizonte, 04 de setembro de 2021.
O QUE É CRUZEIRAR? A DESCOBERTA DO VERBETE CAMPEÃO
D. Alex Piazza, O Rei de Copas
Cruzeirar. Cru-zei-rar. vtd e vint. tornar (-se) vencedor, copar: o atleta cruzeirou as olimpíadas, fulano cruzeirou na vida! vint. romper barreiras, paradigmas: Apesar da concorrência, o estudante cruzeirou!
Muito tem se falado nos últimos dias que outros times grandes da primeira divisão podem seguir o exemplo do Cruzeiro e se perder em dívidas por suas gestões incompetentes. Esses jornalistas não fazem ideia do tamanho da bobagem que dizem e quem repete o termo “cruzeirar” não entende absolutamente nada de futebol.
Não que uma gestão temerosa e corrupta não seja capaz de acabar com um grande clube, ou com uma grande empresa. Sistematicamente vemos, tanto na vida quanto no esporte, grandes projetos serem extintos por falta de gestão e o Cruzeiro entrou no assunto como o mais bem sucedido projeto do futebol brasileiro que imergiu numa crise financeira sem precedentes.
Contudo, mesmo no pior momento de sua história, o Cruzeiro (que acaba de comemorar seu centenário) tem maior torcida, maior interação nas redes sociais, maior ibope (vide jogos da fraca série b passarem em horário nobre da TV) e maior rentabilidade (vide renovação com Adidas e recorde de vendas do material esportivo da empresa no Brasil).
Cruzeirar, pra quem insiste nessa bobagem, é ser temido! Cruzeirar é ser respeitado, é brigar por títulos em todas as temporadas, é ser o único clube brasileiro capaz de peitar o eixo Rio-São Paulo, é ser três vezes campeão brasileiro desde 2003, quando o campeonato passou a ser disputado por pontos corridos (o único time de fora do eixo a ganhar alguma coisa por aqui).
Cruzeirar é ganhar dos fenômenos de torcida Flamengo e Corinthians duas finais seguidas de Copa do Brasil, é subverter o interesse da mídia, da organização, de juiz, bandeirinha e o caralho a 4! Cruzeirar é intimidar, é saber que por traz da farda azul e das 5 estrelas agrupadas existe sangue! Existe paixão e não simpatia! É ganhar toda sua fama através de títulos incontestáveis, sem polêmicas, sem ajudas externas, sem apagar refletores e sem “senões”.
Cruzeirar é rebaixar o rival à mediocridade! Mesmo no pior momento de sua história ganhar do freguês (que vive inversamente seu melhor momento com seu Suggar daddy) o único jogo disputado no ano. É submeter o rival às maiores humilhações que podem ser vistas dentro do esporte. É golear por 5x0 em duas finais de estadual seguidas, é meter 6x1 goela adentro dos galináceos na chance que eles tiveram de nos rebaixar e manchar um pouco nossa história.
Cruzeirar é incomodar a todos, sempre! Se preparem!!!! Já já emergiremos de novo mais fortalecidos! Quem tiver chance de bater, que o faça agora! São raros os momentos de um gigante petrificado e imóvel! Cruzeirar, acima de tudo, é ter “sangue azul” com o trocadilho de realeza. É mandar e desmandar no futebol brasileiro.
Estamos entendidos? Passar bem!